SALVEM OS SONETOS!!!

Amigo sonetista, eu bem te peço
Talvez um verso solto, mas com rima,
Senão isso redunda num tropeço
E saiba que te tenho muita estima.

Soneto sem ter métrica, do avesso,
Desculpe, mas altera todo o clima.
Às regras, na verdade eu obedeço
Eu gozo e permaneço, ali por cima.

Mas pobre do soneto, vai morrendo
Em meio a tanta modificação.
Emendas sem limite, tanto adendo...

Eu sei dos erros todos que cometo,
E sem talento, eu canto assim em vão.
Porém respeite ao menos o SONETO

 

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Eu bem sei quão difícil escrever

Ainda sim me atrevo simplesmente

Esse poema exdrúlo envolvente

Quando termino um: que gran prazer...

 

Eu acho um sacrilégio também ler

Uns versos distorcidos – nem se sente

O ritmo do verso contundente –,

Definha o soneto no querer...

 

Ficando moribundo – muito enfermo...

Soneto tem-se a norma – tem-se o termo

Para torná-lo nobre – sem igual...

 

Também cometo erros é verdade

Mas por favor, não tire a identidade

Que bem sabemos: é fenomenal!...


MARCOS LOURES
GONÇALVES REIS

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 28/12/2007
Reeditado em 13/06/2008
Código do texto: T795344
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