SALVEM OS SONETOS!!!
Amigo sonetista, eu bem te peço
Talvez um verso solto, mas com rima,
Senão isso redunda num tropeço
E saiba que te tenho muita estima.
Soneto sem ter métrica, do avesso,
Desculpe, mas altera todo o clima.
Às regras, na verdade eu obedeço
Eu gozo e permaneço, ali por cima.
Mas pobre do soneto, vai morrendo
Em meio a tanta modificação.
Emendas sem limite, tanto adendo...
Eu sei dos erros todos que cometo,
E sem talento, eu canto assim em vão.
Porém respeite ao menos o SONETO
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Eu bem sei quão difícil escrever
Ainda sim me atrevo simplesmente
Esse poema exdrúlo envolvente
Quando termino um: que gran prazer...
Eu acho um sacrilégio também ler
Uns versos distorcidos – nem se sente
O ritmo do verso contundente –,
Definha o soneto no querer...
Ficando moribundo – muito enfermo...
Soneto tem-se a norma – tem-se o termo
Para torná-lo nobre – sem igual...
Também cometo erros é verdade
Mas por favor, não tire a identidade
Que bem sabemos: é fenomenal!...
MARCOS LOURES
GONÇALVES REIS