PS: Nunca uma poesia me descreveu tão bem! Essa eu queria ter escrito hoje . Não a toa eu me inspiro nela, a insigne Florbela. Eis a minha alma despida.
FRÉMITO DO MEU CORPO A PROCURAR-TE / FLORBELA
Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doído anseio dos meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe! Sinto tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que não me amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...
~~Florbela Espanca~~
EM ÂNSIAS FUI PROCURAR-TE / ERIVAS
Hoje, em ansiedades, fui procurar-te,
As minhas mãos num frenesi, vagou ao léu
Queria te percorrer, sentir teu céu,
Anseio louco, minh'alma a desejar-te.
Te busquei no meu inferno, em toda parte;
Queria adocicar o meu amargo fel;
Minha fome e sede tornou-se tão cruel,
Nesse mundo não há nada que me farte!
Estás tão distante, nem senti a tua alma
Ouvi o vento a me dizer: "se acalma,
Não perca o seu tempo, ele não te ama..."
Assim, meu coração em transe e dolente,
Fez brotar d'alma lágrimas em torrente,
O meu purgatório se fez mar em chama...
**** Erivaslucena****
FRÉMITO DO MEU CORPO A PROCURAR-TE / FLORBELA
Frémito do meu corpo a procurar-te,
Febre das minhas mãos na tua pele
Que cheira a âmbar, a baunilha e a mel,
Doído anseio dos meus braços a abraçar-te,
Olhos buscando os teus por toda a parte,
Sede de beijos, amargor de fel,
Estonteante fome, áspera e cruel,
Que nada existe que a mitigue e a farte!
E vejo-te tão longe! Sinto tua alma
Junto da minha, uma lagoa calma,
A dizer-me, a cantar que não me amas...
E o meu coração que tu não sentes,
Vai boiando ao acaso das correntes,
Esquife negro sobre um mar de chamas...
~~Florbela Espanca~~
EM ÂNSIAS FUI PROCURAR-TE / ERIVAS
Hoje, em ansiedades, fui procurar-te,
As minhas mãos num frenesi, vagou ao léu
Queria te percorrer, sentir teu céu,
Anseio louco, minh'alma a desejar-te.
Te busquei no meu inferno, em toda parte;
Queria adocicar o meu amargo fel;
Minha fome e sede tornou-se tão cruel,
Nesse mundo não há nada que me farte!
Estás tão distante, nem senti a tua alma
Ouvi o vento a me dizer: "se acalma,
Não perca o seu tempo, ele não te ama..."
Assim, meu coração em transe e dolente,
Fez brotar d'alma lágrimas em torrente,
O meu purgatório se fez mar em chama...
**** Erivaslucena****