Caminhando entre as flores da velha praça
Sinto o perfume de quem me espera
Estou a poucos passos da mais linda flor
Que me espera no portão da casa amarela

A casa em que repouso - e que descanso
Da vida malograda - viperina
Mas ao tocar a pétala da flor
A alma, então, descansa e se ilumina...

O desespero vai - já nada mais
Quem dera que durasse essa hamonia
Mas o perfume, sei, é vitalício -,
Pois é da alma que ele irradia...

Por isso que essa casa amarela
Transforma-me assim n'outr pessoa
O seu aroma, flor, a impreguina
Contigo a minh'alma ri à toa!...

PAULETTO JA
GONÇALVES REIS