NÓS


Enfim sobramos nós
com nossos nós
e alguns sós
ao pó
de uma perdida ilusão...
Nação não se ufana
Assim olhando o tempo da alegria
como correu - nem vi o dia
agora é vazio e solidão
Essa poeira levanta
provoca em mim assim tanta
nostalgia e saudades...
As ruas, os chãos, torrões de uma esperança que perdida
Refletidas roubam, nossas lágrimas, incontidas...
A vida era sonho, e fantasia o verbo amor  ?
nada sabemos na verdade...
hoje nos falta claridade
aos olhos ermos, a  buscar... Um amanhã? Não sei... Talvez!


Pois assim é a esperança
é que se espera do futuro
o sol nascerá novamente
não compete olhar do muro
olhe o caminho à frente
vamos então na corrente
jogar a bola pra frente
e continuar a correr...
o tempo passa, nem vemos
vamos viver pelo menos
um triz desse enorme prazer
a solidão vem e volta
desateremos os nós
então, nessa madrugada
não estaremos mais sós
seremos eu e você
será você e ele
e tudo então será nós...
E tudo então, paz, pra nós!

 

 

 


ANA MARIA GAZZANEO
GONÇALVES REIS

07/12/07

 

Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 10/12/2007
Reeditado em 22/01/2008
Código do texto: T772467
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