Devaneios...
Em tempos de solidão
Abraços voam, essências cruzam-se
Comungam-se no fim da imensidão
Como colheita de uma oração...
No encontro que se faz e refaz
Os laços presos nas afetividades
Soltam as amarras da insanidade
Poetas tem seus tratos e tratados
Suas incógnitas... viram verdades!
Amansam suas dores
Não leiloam seus penhores
Nem fazem de seus sonhos
Um delírio qualquer...
Em seus momentos
Pré sente e cria
Vive tudo intensamente
Na criativa, imensa mente
Todos os sentimentos...
Mergulha fundo
No poço mais profundo de si mesmo...
Voa como ave de rapina
Faz de cada verso sua sina
Se planar alto ou baixo não importa
Vive para escrever o que pode ou não ser...
Não é um predador
Cria a dor
Vive para amar
Ao revelar suas rimas
Aqui ou em qualquer outro lugar...
Sua poesia rasga os horizontes.
Suas letras explodem intensamente
Dentro do menino crescido no homem
Ou ainda no pequenino que não quer crescer...
Chora por seu amor
Transforma sua mágoa em alegria
Finge ter o que não tem
Faz peripécias, pinta e borda
Nas palavras eletrizadas que vem
Ilumina, contagia e incendeia...
Viaja no permanente
Vive no constante movimento
Sem perceber os caminhos trilhados
Ao se revelar...
Usa metáforas para explicar o inexplicável
Multiplica a inspiração
Ao se explicitar ..
Se tem a voz calada
Flutua sobre tua alma alada
Vai além das fantasias
Sem receber um só olhar...
Beija todos os beijos ...
Plantados em cada verso seu
Sussurros, suspiros de prazer
Aparecem em cada poema que nasceu...
Abraços...olhares...possui galáxias
Semeia e colhe as emoções
Deita em todas as camas
Reza em todos altares
Se teleporta por todas as sensações...
Emite todos os sons
Doa os seus carinhos
Viaja pelos ares em todas as direções
Seu vazio é invencível... insaciável
E incurável...
Porque o simples se funde ao complexo...
Onde o ponto de mutação côncavo-convexo
Mora além dos devaneios...
Enise/Hilde
Veja o poema em vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=lDw7Z3pf7pg