A quatro mãos
Chuva fria pálida e triste
Gélidos dias em que me resistes
Cobertor refeito, direito – sandice
Em espelhos d’alma tu me despisses
Rarefeito ar em solitária montanha
Abre-se o peito num versejar – nosso jeito
Amores transbordam em meu leito
E no silêncio tu dizes que só outrora -me ganhas
E desse silêncio, tão mansa veemência
D’onde os espelhos refletem calmaria
E dessa calma se clama com urgência
Mas também com ternura macia
Do afago do que vem na sequencia
A imensidão que em meu peito cabia