VESTIDO DE CHITA

Vestido de Chita.

Hoje acendi um cigarro

Divagações evasivas povoaram-me

[ a mente].

Encontrei a Palavra solta que

[ amo]

Toda enfeitada num vestido azul

[de chita estampada]

Decorada com róseos florais

Um vestido de chita de rara

[beleza]

De algodão criado na natureza.

Ou seria melhor o verde-rosa

Feito de papel machê?

De uma graça tão sutil

Tão singular!

De infinita leveza.

Na sua humildade sem par

Desfilava cheia de graça

Em passarelas iluminadas

Montadas no meio da praça

Aprendi que não adianta o vestido

morto que deprime, sem nexo que anseia.

A beleza da menina faz do vestido

um verso em construção na procura do Infinito.

Largou o papel, vestiu de chita

E saiu toda matreira

Sem saber que era bonita

Sem perceber que era faceira!

Poeta dos Ermos (Guto), KyriadaLua (Imaculada Catarina), Qi_Paz (Fernando Páscoa), Conchinha (Maria Badalassi)

KYRIADALUA
Enviado por KYRIADALUA em 04/12/2007
Código do texto: T764611
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