Lavrador

Rega com seu suor

E a força do coração

Garimpa o próprio pão

E sob o arder do sol

Qual brasa em fim de tarde

O corpo assim forjado

Os joelhos calejados

Como sua própria mão

De tanto pedir ajuda

O que o faz sem alarde

Pra que Deus mande a chuva

E umedeça este chão

Fazendo brotar a semente

Pra alimentar essa gente

Em prol de sorrir o sertão

A colheita é o seu salário

Seu banco é o celeiro

A lua seu calendário

Violão o companheiro

Seus versos, ação de graça

Pelo pão de cada dia

Na voz cansada a raça

E o timbre da melodia

Angela & Carlos Duarte

Antonio Carlos Duarte
Enviado por Antonio Carlos Duarte em 28/11/2007
Reeditado em 10/07/2010
Código do texto: T756936
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