* Estimado
Do seu rascunho de prata,
fiz um soneto de ouro.
Por ser ele valioso,
está trancado numa arca.
De lá só sai em segredo
entre dedos delicados:
mãos de mãe ou de poeta
com os olhos encantados.
A rainha guarda a chave
e o corsário esconde o mapa
do que de nós não se sabe:
neste poema dourado,
oculto dentro da alma,
reside o amor mais velado.