A ESPERA
Venha, não me faça esperar nem mais um minuto sequer.
O outono chegou mais tarde esse ano,
mas chegou...
Eu te espero, sempre espero.
O tempo não espera nada!
Põe rugas nos cantos dos meus lábios e canseira nos meus sonhos.
Ainda sou capaz de te fazer tão bem...
E fazer amor contigo a noite inteira.
Trago na carne um desejo infinito e na alma um amor maior ainda.
Porque sentimentos não envelhecem meu bem,
transformam-se em versos.
Já te teci milhares de poemas
Verbos inteiros atirados aos ventos
Gritantes confissões reveladas entre quatro paredes,
e sobre lençóis de algodão...
Sem receios ou pudores bobos
Sem preconceitos, nada te neguei
Realizei tuas fantasias e sorri...
... Sorri o riso solto de mulher que goza
e se satisfaz,
e é feliz.
Assim, antes que amanheça e percamos outras horas,
e a maré diminua, venha.
Beba dos meus ribeiros
Caminhe por minhas ruas
Me deixe nua, me faz contente
Adormeça no meu seio
E me inspire um verso à mais.
Elisa Salles
(Direitos autorais reservados)
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TEU CHAMADO
Divino este esperar...
Uma pena que é apenas poético...
Será ?
Confesso que refaço as malas,
e volto atrás...
Não posso ignorar estes teus desejos...
Diga amor,
que não é apenas poesia...
E se fartará de minhas carícias...
Te prometo,
intensidades em teus lençóis...
Serei teu e tão somente,
e sua cama jamais estará vazia...
Deixe a janela aberta esta noite,
como de costume...
Que entrarei,
quando a Lua em seu lume...
Iluminar seu corpo,
em sua cama, nua...
E te amarei na madrugada,
até que amanheça o dia...
Bené Bené