NOSSAS ESCOLHAS
Não sei partir
Não sei chegar
Vivo a beira do caminho
A estrada é longa
Não sei seguir
Não sei voltar
Sinto que as "podas" que tive na vida
Não me deixaram brotar
Correr campos
Soltar pipas... voar
Hoje vivo de sonhos
Sonhos de ter sonhos
Vontade de realizar
Recomeçar
Sorrir
Andar devagar
Vagar
Gritar ao vento
Para ecoar do lado de lá
Molhar os pés na água do mar
Sem medo de que ele possa me encantar
Como no rio o boto encanta a quem perto chegar
Tenho saudade de um tempo que não vivi
Dos amores que não tive
Acho que corri demais
E parei sem precisar
Agora
E só agora me dei conta
Que não se vive de fazer de conta
E me ponho a refletir
Refletir
Pra quê
Porque agora
Pouco importa...
MCSancio
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Esplendoroso Poema,
descrevendo uma angustia dos sonhos que não sonhou,
e dos que não viveu, ou se viveu, não valeu...
Ninguém está livre dos resíduos do passado,
e só agora em nossa maturidade da alma, que refletimos, e reavaliamos...
Mas de tudo não foi tão ruim, pois fizemos história,
à nossa maneira é bem verdade,
e é o que nos consola naqueles momentos de nostalgia...
Creio, ressalvando as diferenças de cada ser humano,
todos nós temos nossas angústias...
Seu poema retrata muito bem este tema da solidão da alma...
Me encaixo perfeitamente nas suas entrelinhas,
quantas oportunidades perdidas,
mas também quantas eu abracei e fui até as últimas consequências,
sem me dar conta de meus erros...
Da saudade sim, mas acho que,
se pudéssemos voltar no tempo e trilhar os mesmos caminhos,
faríamos tudo de novo do mesmo jeito,
pois não faria sentido ter um manual de instrução,
para a vida que cada um escolheu...
Há me lembrei...
Nossas escolhas...
Foram elas que nos trouxeram até aqui...
Bene