CANDEEIRO

CANDEEIRO
 
Temia a sombria escuridão
Os ruídos noturnos da mata
No  ranchinho tosco o ancião
Cantava só em serenata...
 
Candeeiro ilumina meu caminho
Não me deixe em fria solidão
Aqueça este meu pobre ninho
Aquente  meu pobre coração!

Nesta "solita"  madrugada
Na soleira do ranchinho
vou pensar na doce amada
que  me deixou sozinho...

 

      Do outro lado do Matão
“Se espantou” a passarada,
Crendo ser de assombração
O canto na madrugada.

Mas eis que um passarinho
Que conhecia a solidão
Colheu um seco raminho
Para acender o fogão.

Desde esse dia, então,
Quem passar lá pela mata,
Além da voz do ancião
Ouvirá a ave amada.

Meriam Lazaro e Maurélio Machado