ANÔNIMO ...

ANÔNIMO ...

Senhora... jamais saberás, não quero tirar-te a paz,

meu coração dizer-te diretamente, não ousa;

porquê és casada... porém me obriga, me intima

a falar-te anonimamente, da minha por ti, estima;

pois tens teus deveres de esposa...!

Ao receberes esta, quando, estarás na certa pensando:

" quem é... Quem assim me falta ao respeito? "

Não, não quero de modo algum desrespeitar;

porém, queria muito estar no lugar

de teu esposo... Em teu leito...!

Perdão peço ao Deus do céu, pois sei o quanto és fiel

ao teu esposo.. E seria, algo entre nós, um sinônimo

de pecado e falta de pudor;

por isto de modo anônimo,

te falo do meu amor...!

*

Sim sou casada, bem casada.

Sinto por você ,

por seu sentimento

por essa estima que me tens

e me faz sentir tão amada...

Não, você não me desrespeita

apenas é um pouco tarde,

seus galanteios não posso aceitar

você sabe sou casada...

E bem amada ...

Agora nos meus olhos arde

uma teimosa lágrima, derramei...

Reconheci sua caligrafia

letra de alguém que nos tempos de escola,

muito amei .

Que Deus perdoe a você e a mim,

sim , sou fiel (teria sido a você também)...

Mas no momento é meu esposo

quem me tem no leito,

e me tem com muito amor!

Enfim...

Seria um pecado sim, traí-lo...

Se você tivesse em tempos atrás

me percebido, hoje seria você meu eleito

e meu amor...

Ah... Quanta dor!

Vou queimar esta carta anonima

e te rogo, não me atentes mais!!

Ela queima em minha mão.

O desejo de te ver é grande (não posso)

portanto não envies outra jamais !!

Adeus meu secreto amor ...

Encontro poético

Geraldo Coelho Zacaria & Alina Tolotti

Coelho Zacarias e Alina Tolotti
Enviado por Coelho Zacarias em 26/06/2021
Código do texto: T7286930
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