NEGRITUDE de Iratan Curvello (São José, SC) & Nina Costa (Mimoso do Sul-ES)

Ainda sinto exalando da terra

O sangue dos nossos irmãos,

Nas veias do chão, banhando a alma

Sementes de injúria e expropriação,

De reis e rainhas trazidos sem pena

À terra Brasilis, tupi guarani.

O som dos Palmares ressoa em mim.

Ainda ouço no solo brasileiro

O ecoar dos tambores Nagô,

O grito forte da ancestralidade,

No sonho do guerreiro Zumbi,

Na nossa sina de sempre lutar

Pela NEGRITUDE que está ai

Clamando pela tal liberdade.

Ainda vejo a força da Mãe-África

Buscando seus povos, sua identidade,

Da luta, da raça, da perseverança

Em sua diáspora, um novo devir

Acalentando este velho sonho

No olhar negro com muito axé,

Na certeza que a liberdade há de vir

Pois confiamos na força e na fé!

Nina Costa e Iratan Curvello
Enviado por Nina Costa em 28/01/2021
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