FILÓSOFOS SIMBOLISTAS
Jogo as cinzas do passado
Numa eiva frente a mim...
Qu’ela infrinja esse recado
Para o meu futuro enfim...
O fugir, secar de uma flor,
Fechando-se para não sentir.
O voar, qual medo d’um amor,
Fingindo para não se abrir.
Sátira de uma vida vulgar
Em algum lugar da terra...
Simples medo do acaso...
Vidas vazias, c’um vago vaso,
Cujas as raízes de uma planta berra
Querendo sair para outro lugar...
RICARDO ALVES
GONÇALVES REIS