Ecos
Eco
E...
Estou meia oca louca, os gritos hoje não saem afinados, não importa o canto ou lugar... Não sinto...
Sinto falta de energia no grito, sem poesia grito, sem toque...
Grito sem toque no eco!
Abro a janela e o sol também esta sem se mostrar, sem calor, sussurro o mesmo eco sobre a janela que faz barulho, ruído e ranger, janela...
Se fosse a janela do meu quarto seria o eco que me quero agora...
Mas não,
são apenas ecos, ocos...
Resquícios do que eram gozos...
Está tudo um silêncio frio e tão quieto lá fora, aqui dentro, meu eco, o grito mudo que aturde, que se torna gemidos e voos no eco...
Quero voar, como um ser livre, quero minha voz outra vez ecoar
Procriar versos, e não lamentos nesse recinto que não responde o que grito!
Quero a magia das cores que dançam nas letras da poesia, lágrimas de alegria, de prazer inenarrável calor,
Ser preenchida, transbordar a escrita que jaz agora sem voz, sem grito
Que ecoa oca...vazia casa sem eco!