DOS COSTUMES SERTANEJOS
Do Sertão eu vou falar,
Seus costumes vou contar,
Não preciso recitar,
Para desta linda terra
Eu poder lhes mostrar.
Antigamente os moradores do Sertão
Falavam em voz alta a saudação:
“Ô de casa!” Respondiam: “Ô de fora!”
E era acompanhado com o povo:
“É de paz!” – Essa era a expressão.
As casas eram diferentes,
Duas salas na frente:
Uma para os negócios,
Outra para a arte,
E possuía muita gente.
As salas das refeições
Possuíam bancos de madeira,
Naquele antigo tempo
Não existia cadeira.
A festa do padroeiro
Era composta por novenas,
E quem as fazia acontecer,
Eram devotas serenas!
Na semana era servido:
Carne, arroz e feijão,
E depois de todo esse banquete,
Um café fechava a refeição!
As viúvas cortavam os cabelos
Para a visitação,
“Mas se for pra ser viúva,
Eu não quero agora não”.
Encerrando este poema
Quero aqui acrescentar:
O Sertão tem seus costumes
Para o povo a apreciar.
Lá tem gente hospitaleira,
Gente que sabe se ajudar,
Gente que sabe amar
Neste chão de gente guerreira!