IN SONIA - A OBRA INCOMPLETA

Escravo qual tu, da insônia

Mal pouso e logo arremeto

Mas noto a fina ironia

Rouba o sono e dá soneto...

(Para “A Noite” sem sonhos perversos, de Um Piauiense Armengador de Versos.)

.

INSÔNIA POÉTICA

O sol inda descansa, é madrugada!

A lua faz o céu de passarela,

como se o firmamento fosse dela

e, perto dela, tudo fosse nada.

Insone, minha alma acordada

escapa pelas frestas da janela,

como se o céu e lua fossem dela,

apenas um pedaço, quase nada!

A poesia cala enquanto vela

o céu, a lua, o sol, o firmamento...

o tudo, o nada, a alma, e o momento

em que toda a beleza se revela.

O sol já se espreguiça, é quase dia!

A lua dá adeus à madrugada!

Minh'alma volta ao corpo enfeitiçada,

como se por um passe de magia.

Enfim o sol saiu, nasceu o dia,

e o tudo adormeceu junto do nada.

Herculano Alencar

(A magnífica contribuição poética desse irmão das letras com seu sonetaço!)

.

Stelo Queiroga
Enviado por Stelo Queiroga em 10/09/2020
Reeditado em 20/09/2020
Código do texto: T7059436
Classificação de conteúdo: seguro