"Ao poeta não é permitido desejos, tesão, ereção?
"Descobri que os poetas podem falar de amor,
Desde que de amor romântico
Não é permitido ao poeta
Ter desejos que não os platônicos.
Ai, do poeta que sentir ereção.
Ai de ti poeta, haverá de arderes no tribunal da pureza.
Ao poeta é dado o dom da linguagem,
Desde que ele fale sobre a castidade e o perfume das flores.
Mas, aí de ti poeta, se usastes do verbo bem sovado numa metafórica fodida.
Tal dialética causa horrores fatais a donzelice língua portuguesa
Freira puritana essa nossa língua que se mete em todas reentrâncias da minha arte
O açoite da gramática é cruel às costas poéticas.
Que o poeta fale de pássaros e cante o olhar dos meninos, que tenho uma musa
Mas não ouse ele meter-se com ela entre lençóis vagabundos de um motel barato.
Poeta, ouvis meus conselhos, contorças junto às suas palavras, mas contenha o gozo.
Não haverá de ser perdoado o extasiar-se, o deslumbramento
Pois impera a hipocrisia na (horla) intelectual dos lascivos moralistas.
"Os quais influenciam mentes e que são destinadas a controlar a humanidade"
Juntemo-nos ao banquete farto da teocracia deixemo-nos embriagar e dormitar bêbados entre a imaculada brancura que ostentam no palacete dos santos.
Não há nenhum pecado na humanidade além da poesia, então crucifiquem o poeta."
#Angel - ( texto copiado da página de Kairos Moss )
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Eu,
nem quero a remissão...
Sou só pecados...
Confesso minha culpa,
minha máxima culpa...
Porque pequei,
e peco a cada ereção...
Que me vem,
nas rimas de meu versos...
Poesia sem tesão...
É como fazer amor,
sem ereção...
Só um goza...
Agarrado aos cabelos,
do pobre coitado...
Que fica na mão..
Bene