DOCE EFLÚVIO
Daquele colo o doce eflúvio, o aroma
Da mão que acaricia a rubra face,
Voa o perfume virgem, níveo enlace,
Que ao toque leve e encantador se soma.
A densidão da essência que me doma
É nada comparado ao sol que nasce
Nesse esplendor o encanto em si renasce
E despe inteira a musa que me toma.
O escrínio inédito, na infinda glória,
Em meus desvairos, faz-se a trajetória
E me conduz por nardo corporal
Ao róseo cálice floral sedento,
Brotando na volúpia do rebento
O onírico prazer atemporal!
Versos ímpares: Ricardo Camacho
Versos pares: Edy Soares