OBSCURIDADES

Voejam corvos... céu, trovão, tristura...
O véu crepuscular que se degrada
Precede o negro manto da sagrada
Noite imantada em lúgubre tintura!

Malgrado a tão temida desventura,
Imprime a angústia fria deflagrada,
Naquela negridão o vento brada
E tudo se transforma em sepultura!

Transfiguradas almas tão sombrias,
Na vastidão de inúteis alegrias,
Comungam ilusão com cemitério...

... E a noite má liberta as suas crias,
A imensidão de enterros e sangrias
Na maldição do Universal Mistério!

Estrofes 1 e 3: Francielly Fernandes
Estrofes 2 e 4: Ricardo Camacho
Francielly Fernandes e Ricardo Camacho
Enviado por Francielly Fernandes em 07/08/2020
Reeditado em 08/08/2020
Código do texto: T7029061
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