MARIMBONDO (dueto poético angola)
Parece que tudo estava bom, tenho a certeza,
Até você chegar e mudar essa rotina,
Antes calma e serena,
Posteriormente agitada e descontraída,
O resumo de cada situação.
Nem sei o porquê, a confiança que em ti depositei,
Achei que estivesse tudo bem e certo,
A ofuscalidade que permanecia como uma venda,
Confie em cada palavra, cada gesto,
Sem saber que tudo era uma burla...
Marimbonda, esta é a tua personalidade.
Enganaste meu coração,
Seduziste o meu ser e caí nesta,
A jogada por ti planejada...
Agora dói-me aqui por dentro
E por isto denomino-te ladra.
Marimbonda...
Fui completamente Teu, mas tu fizeste-me feito papel,
Usaste-me, limpaste-me
De mim só restará mais migalhas.
Nesse teu jogo dou-te um troféu,
Fui covarde em te dar um anel.
Tiraste-me tudo
Até o coração levaste,
Gananciosa
Meu coração acredito que leiloaste,
Não sei o que hei de chamar-te mais, A não ser marimbonda
Confiei em ti
Mas tu passaste-me a perna.
A vida dá voltas, isto é que acho,
Depois de tudo passei,
Às noites que chorei,
Eram motivos de confiar em alguém,
E receber o pior deste lado.
Fui usado, mas não sabia,
Simplesmente acreditava e desejava dar mais,
Mais de mim e do meu coração,
Mais daquilo que sentia...
E agora só restaram arrependimentos,
Talvez de tudo que doei,
Foi uma lição para mim, lição de vida.
Aprendi...
Foste uma grande lição para mim,
Queira eu superar dos danos que causaste.
Estou aqui, ferido mas sobrevivi
Vaí, longe de mim.
Não quero mais contemplar-te Marimbondaste a minha vida,
De ti,
Nem aqui, nem na China.