O PRIMEIRO CONFLITO MUNDIAL
A humanidade busca por um mundo sem conflitos,
— que trazem total destruição fome e miséria
— um sofrimento atroz difícil de ser descrito,
declínio surreal de nações, exiguidade de matéria.
Ideias revolucinárias povoam mentes inquietas,
acelerando o desejo feroz de domínio absoluto,
expansionismo de regime cruel foi causa direta
da guerra deixando mais de sententa países de luto.
Números absurdos de vidas humanas perdidas,
destruição de cidades e empregos dissolvidos,
ações dilacerantes e desumanas em contrapartida,
o mundo dividido em dois grupos para os envolvidos.
Que não haja mais uma ação química ou bélica
— e o estímulo profundo por laços emocionais
reacenda a chama da paz por ora uma ideia cética,
trazendo a luminosidade do céu sem vestes abissais.
Ah, natureza delire em cânticos junto à lua,
em noites trazendo dias de compaixão e leveza
ostentando a estrela Vega que no espaço flutua,
refletida nas águas em ascensão de líquida pureza.
( Verdana Verdannis)
Ninguém se esquecerá de Saraievo
quando, num brando dia de primavera,
um extremista atirando feito fera
nos chefes despertou ódio primevo.
A guerra diziam será gloriosa e breve:
bandeiras coloridas, épicas batalhas
e os combatentes, cobertos de medalhas,
voltarão para suas casas antes da neve.
Mas dura foi a realdade da trincheira:
na fria lama a esperança sucumbia
e cada peão diariamente percebia
da morte a sua presença corriqueira.
Os ataques eram só carnificina
com avanços de apenas poucos passos:
os infantes morriam dentro dos fossos
asfixiados pelas bombas de toxina.
Quatro anos durou tanta matança
com a queda final de quatro impérios,
e no mundo que se encheu de cemitérios
a espanhola dominou, trágica herança.
(Richard Foxe)