Venha comigo...
Observações: funciona lendo por estrofes ou lendo os versos correspondentes de cada estrofe.
(primeira pessoa)
Quantas palavras ainda posso dizer sem que pareça presunção?
Por que sempre que olha em meus olhos vejo tanta decepção...
Tornei-me incapaz de compreender, de viver e de diferenciar...
Tudo o que desejo? Que toda minha jornada possa presenciar!
(segunda pessoa)
Possuo a sensação de que serei sufocado neste oceano de solidão...
Meu coração flui rios enquanto meus olhos submergem em desolação.
A insensibilidade domina minha mente me impedindo de apreciar.
A amargura e a dor são os únicos a meus sentimentos cadenciar.
(primeira pessoa)
Me perdoe! Jamais pensei que acabaria lhe fazendo sofrer...
Mergulhamos na paixão. O sentimento parecia inquebrável!
Os momentos juntos passavam rápido demais pra absolver.
Criamos... Sucumbimos a ilusão de que nada era insuperável.
(segunda pessoa)
Não esperei jamais ser condenado principalmente por você.
A ausência de calor em sua voz me faz apenas mais miserável!
A desconfiança refletida em seus atos. O que fiz pra merecer?
Confesso não ter medido consequências para ser imemorável!
(primeira pessoa)
Ouço falarem sobre nossa vida... Parecem apenas histórias!
Ultimamente cedo a uma dúvida crescente? Por que me ama?
Por mais que me questione não há respostas satisfatórias.
(segunda pessoa)
Ironicamente restou-me remendar trechos de memórias...
Quem sabe assim possa readquirir partículas de minha alma?
Seus lábios ainda despertam tantas emoções contraditórias.
(primeira pessoa)
Tamanha tornou-se minha confusão que até temo a verdade!
Ficou difícil saber como proceder... Por causa de tudo reclama.
Sinto falta daqueles momentos cheios de cumplicidade.
(segunda pessoa)
Estranhamente não recordo por que desejávamos por liberdade?
Mesmo ensandecido... Quando morde meus lábios me acalma.
Precisamos um do outro. Por que não ser refém dessa vontade!