A donzela Linny (I)
(Lorena às 19h13)
No leste de Gervrys Boz
Vivia a senhorita Linny
Morava no Castelo Bönh,
Herança recebida do Sr. Weyfir
Na tarde do sábado
Dia 4 de novembro de 1865
Subiu os degraus em direção
A torre lateral do castelo
Pôs-se a contemplar do alto
A imensidão do céu
(Rita Flor)
Azul, doce azul!
Lembranças dançavam
E seus olhos admiravam
O formoso céu!
Até ao respirar
A jovem enamorada suspirava
Sonhos e um amor
Perdido em algum lugar
Longe dos seus braços,
Longe do teu coração...
(Lorena)
Ao fitar os pássaros
Dançando pelos ares
Desejou a liberdade
Que esbanjavam ao voar
Linny queria ser passarinho
Voaria feliz pelo céu,
Sentiria o vento
Acariciando-lhe a face
E dançaria alegremente,
Cantando uma bela canção:
(Rita Flor)
“Uma canção de sonhos, de amor
Encontros entre dois corações
Ela se entregaria ao amado,
Cada verso cantado,
Só ele a ouvir!
Talvez os passarinhos levassem
A doce canção sua, ah! Terna Linny!
Doce sonhadora
Amando com doçura!
Querendo tanto estar agora
Caminhando no infinito azul
Ao encontro daquele
Que cativou teu coração!”
(Lorena)
Oh, amado meu!
Atravessa as altas montanhas do leste
Procura o caminho, bem meu!
E encontrarás essa donzela à espera!
Não te demores em ver-me,
Meu coração ansioso conserva!
Querendo encontrar-te,
Massacra-me profunda saudade!
E na ânsia de tê-lo junto de mim,
Basta-me fechar os olhos e silenciar!
(Rita Flor às 20h44)
O céu azul por um momento
Generoso me traz sua imagem
E perdida na saudade,
Desejando intensamente
Em teu peito repousar!
Voo na minha canção
E ao entardecer
Sinto apenas um coração
Que transborda de amor
Por aquele que tarda em chegar!