O TRÁGICO FIM DE HERCULANO E POMPEIA

                         Uma cidade com vestígios de natureza defensiva
                         Após uma vitória torna-se atraente e popular
                         A mitologia romana, o deus Hércules a originar
                         Herculano, com suas muralhas deflagra compassiva.

                        Situada em uma localização apaixonante
                        Imponente cenário entre o mar e o Vesúvio
                        Não distante de uma armadilha dilacerante
                        Enterro sem compaixão, entre cinzas sem dilúvio.

                       A fúria descomunal de um vulcão incandescente
                       Impiedosas lavas afogueadas sem deixar descendente
                      Traga cruelmente a lendária localidade, num rebento
                      Onde jaz corpos romanos, sob uma cápsula do tempo

                      A mensagem de Rectina ao grande autor romano
                     Que o leva a zarpar sem hesitar, e tentar resgatar
                     Pessoas aflitas, em solo ardente, subumano
                     Tornando-se vítima atestada e Rectina sem proclamar.

                    Das cinzas renasce hoje, Erculano, lugar inviolado
                    Em contrate com as ruínas, casas decoradas com afrescos
                    Instigante e apaixonante, tornou-se lugar vivo e pitoresco
                    Diferentes das soturnas lembranças, de séculos passados.


                                                                                 (Verdana Verdannis)


                  Tão manso era o morro dito Vesúvio,
                  agreste seara de vinhas brilhantes
                  que artistas, poetas e jovens amantes
                  chamava - dos bosques - um plácido eflúvio.

                   Mui rica a cidade de nome Pompeia
                   tão bela de templos, de praças e ornatos,
                   mas poucos dão fé aos obscuros boatos
                   enquanto – debaixo - a lava serpeia.

                  Os inquieta - da terra - o contínuo tremor
                  (as fontes não jorram mais água nenhuma):
                  - no cume do monte aparece uma bruma
                  que inspira na turba um silente temor.

                  Se espalha o terror duma negra coluna
                  que imenso ciclope as nuvens alcança:
                  - do céu vai descendo, qual trágica dança,
                  de pedras a chuva, de cinzas a bruma.

                  Escapam os jovens das pernas esbeltas
                  por sendas cobertas por metros de pomes:
                 - em vão de seus pais eles clamam os nomes:
                 tragados já foram por ondas revoltas!

                 Bairros noturnos são infernos dantescos
                 varridos sem fim pelos fluxos ardentes:
                 - os poucos que restam tão mais do que cientes
                 que as rezas não passam de gestos grotescos.

                Cessa enfim a fúria do ínclito vulcão
                que trouxe a morte na pacífica cidade
                e onde antes prosperou uma sociedade
                só ecoam os vãos gemidos do falcão.

                                                      (Richard Foxe)



NOTA: A jovem Rectina, nobre romana cultora da arte e da poesia, enviou, por meio de um telégrafo óptico, uma mensagem ao almirante Plínio que, não tendo como aportar, foi socorrer os habitantes de Estábia, onde morreu sufocado pelos gases. No entanto Rectina, com grande coragem, conseguiu se salvar lançando o seu alazão na estreita estrada entre as encostas ardentes do Vesúvio e o mar revolto.
Mais detalhes sobre a destruição das duas cidades, com fotos, desenhos e mapas no site: https://principedaliberdade.wordpress.com/2016/12/17/a-destruicao-de-pompeia/



**Imagem do Google

Verdana Verdannis e Richard Foxe
Enviado por Verdana Verdannis em 21/05/2019
Reeditado em 22/10/2021
Código do texto: T6652735
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.