O EGITO BERÇO DE CLEÓPATRA
Terra fértil à beira do Nilo,
no tom escarlate das areias quentes,
a morte tomba em escuro sigilo
na clara riqueza das pérolas ardentes.
Faraós, divindades sem imortalidade,
reinando absolutos envoltos em conquistas
escorre o sangue no brado da impiedade
nasce a eminente civilização politeísta.
Cabeças de animais em corpos humanos,
assim representados os deuses adorados
Ámon deus dos deuses e não seria desumano
deus mitológico, homem ou animal ornamentado.
Renovação em Osiris se fazia evidente,
mesclou fertilidade sem buscar eternidade
vitima do infortúnio de um desejo latente
maculando a honra de um próximo parente.
Egito, berço de uma grande figura...
Rainha Cleópatra, entre safiras, e diamantes,
mais importante do que ouro que fulgura
não foge da cobra, de picada lancinante.
(Verdana Verdannis)
Deslumbrante foi a ciência dos Egípcios
- inventores da divina geometria
que as pirâmides -admiráveis edifícios
levantaram com requintes de ousadia.
Lá Pitágoras, sedento de saber,
foi buscar solução pro seu problema
e dos sábios não foi fácil receber
o famoso -do triângulo- teorema.
Os Hebreus que no Leste se gabavam
de seus dez importantes fundamentos
com certeza da Maat inda ignoravam
os cinquenta notáveis mandamentos.
Aquenáton, renomado faraó,
ab-rogou o vazio politeísmo
dando ao povo um único xodó
mensageiro dum novo misticismo.
Mas num dia de arrogante decadência,
um prelado que bradava com falácia
tão rancor criou contra a sapiência
que a seu mando foi queimada a culta Hipácia.
(Richard Foxe)
NOTA: Esse dueto está sendo publicado hoje, aniversário do falecimento de Napoleão Bonaparte (05/05/1821). Foi graças à sua expedição militar ao Egito, em 1798, que os arqueologistas descobriam a famosa Pedra de Roseta, cujo achado foi fundamental para finalmente interpretar o significado dos antigos hieróglifos.