Minha Poesia Sua Fala

Circular,

o rio corre para o mar.

Luz! Diante do espelho, cala.

E fica sendo sua poesia

minha fala.

Ah! se todos nós, os perdidos,

nos encontrássemos, poderíamos

reinventar o mundo.

Quem sabe um mundo de poetas

errantes, confusos, amantes.

Quem sabe um mundo de provocações:

Implicantes?!!!

Sei lá .... Talvez pudéssemos

inventar um mundo sem inventos

onde só a poesia pudesse reinar.

Mas o tempo está tão seco,

e quando chove só cai canivete.

Por isso fica sendo minha poesia

sua fala.

Chovia

Cantei

Parecia

Assobiei

Foi um vento

Lamento

Que a saudade

Já sei....

Chovia amor feito doce magia

Tocou os seus lábios mas não percebeu

Por que amor só chovia, chovia, chovia.

Mas era eu de verdade

Que de tanta saudade

Chovia, amor, gotas de poesia.

Assim vou pingando pela rua

depois volto me catando:

Uma é minha, outra é sua.

Vou pingando pela rua

depois volto perguntando

Qual é minha, qual é sua?

E se de repente me encontrar

abrace-me com ternura

ou me perco sem passado nem presente

e vou pingando pela rua.

Americo Paz / Simone Aver

Américo Paz
Enviado por Américo Paz em 21/09/2007
Reeditado em 19/01/2012
Código do texto: T661736
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