DELÍRIO NEGRO
No delírio augusto do prazer...
o ouro se faz branco a derreter,
o sonho de valsa ao entardecer
aquece a alma, sem pecado perceber.
Há talento para inúmeros desejos...
o seu prestígio, não se nega e se deixa conceber,
degustar apetitoso, irresistível como beijo
chocolate quente, doce, viciante entorpecer.
Negro como a noite, sem astros definidos
— é um diamante em papel laminado
regalo para os olhos, conflagrando os sentidos
delicia refinada, pelo mundo ofertado.
Lindas caixas embelezam, essa doçura,
— derretido, amargo, ou adocicado
a calda pura, cujo perfume é uma tortura
de tentação e sedução mesclado.
(Verdana Verdannis)
Transportado nos armados galeões
mais precioso que o ouro dos Astecas
foi à base de inúmeras criações
pra vencer a pior das enxaquecas.
Não adianta resistir à tentação
desse fruto que crescia no paraíso:
sua fragrância derrete o coração
do guloso tirando-lhe o juízo.
Ceda, então! E sem falsos pudores
a sua boca de sabor faça uma orgia
compensando desse mundo seus horrores,
mas defenda a nossa Terra do distrate
e a preserve divulgando a ecologia
pois só nela é que existe o chocolate!
(Richard Foxe)