Felicidade na chuva {vrs 0.1}

E lá estava ela com o guarda-chuva na mão, sentada no ponto de ônibus, ela não sabia se naquele dia iria chover, mas mesmo assimpegou o seu agasalho, e o guarda-chuva, e saiu andando pelo meio da rua.

Quando saiu de casa, viu o velho dono do boteco, sentado na porta, olhando tristemente para o chão, havia uma semana que a mulher havia largado ele, e ele não sabia oq fz sem ela...

Ela sentou no banquinho, e ficou olhando pro céu...

Foi ai que ela ficou olhando pro céu.

Gotas de chuva começaram a cair em seu rosto. E por mais frio que sentisse, ela não queria sair do banco.

Não naquele momento.

E então, abriu o seu guarda-chuva, e rindo das pessoas em desespero, correndo por entre os carros fugindo da chuva, se levantou vagarosamente e começou a andar por entre as ruas, que com o inicio da chuva começavam a ficar vazias...

Ela dançava e sorria, e parecia que nada no mundo poderia interferir na sua felicidade, foi quando um carropreto, de vidros fumês parou do lado dela, o vidro automático abriu e um rosto simpático sorriu pra ela :

-Posso me juntara você ?

Um pouco desconfiada, (talvez) com medo, porém sem querer ser deselegante, disse que sim.

E então o homem estacionou o carro e desceu. Alto, cabelos castanhos, olhos de cor mel, branco, com um sorriso de deixar qualquer garota perdida.

E então se apresentaram...

O nome dele era Thiago, ela se apresentou, falou que se chamava Beatriz.

Olhou pra ele com os olhos entreabertos por causa da chuva forte que caia, ela sorria, e puxou ele pela mão, e assim os dois passaram a dançar como se fossem amantes que corriam atrás de suas felicidades.Ela olhou pra ele e perguntou :

-O que te fez querer dançar comigo ?

Ele olhou ela bem no fundo dos olhos :

-A sua felicidade

E ela não soube como responder, mal sabia ele que ela era uma pessoa doente, que tinha pouco tempo de vida, e que nunca desistira de nada na vida...

Ela continuou dançando...E a chuva aos poucos foi tendo fim. E ela querendo que aquele momento durasse ao menos alguns minutos mais. Enfim, a chuva foi embora.

Thiago agradeceu e disse que a tarde não podia ter sido melhor e pediu-a seu o telefone para um dia, quem sabe tomar um sorvete...O dia acabou, o outro dia chegou e ele não ligou,a cada telefonema uma espectativa nascia em Beatriz, mas os meses passaram, e ele não ligou.

Até que um dia finalmente o telefone tocou :

- Alô, a Beatriz está ?

- A Bia ? { um silêncio pairou } Ela faleceu há alguns meses ... Quem é que está falando ?

[...]

Não havia mais ninguém na linha.

Alguns dias depois, estava chovendo...

Thiago olhou pro céu, lembrou daquele sorriso e daquela felicidade...

Pegou seu guarda-chuva, foi dançar em frente ao ponto de ônibus.

E no momento em que dançava sentiu um aperto no coração.

Um vazio, e se perguntava o por que de tanta demora pra ligar, pra quê tanto trabalho, por que pôs o trabalho em primeiro lugar.

Então ele chorou, sozinhos, ele, o guarda-chuva e o ponto de ônibus, o qual nunca mais seria o mesmo sem a sua Beatriz

Viviane Heleno
Enviado por Viviane Heleno em 13/09/2007
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