SAUDADE DO SERTÃO
DUETO POETICO
Eduardo José x Francisco Eufrasio
SAUDADES DO SERTÃO
Lembro um tempo que eu ficava
Debruçado na janela
Olhando a barra amarela
Do sol quando despontava...
Ah meu Deus como eu gostava
Daquela simplicidade
Tudo era tranquilidade
Do começo ao fim do mês
Ganância não tinha vez
Tudo era felicidade.....
Canta o meu coração
Feliz para agradecer
Mais um dia pra viver
Pela vida, pelo pão...
O ar puro do sertão
Essa natureza linda
Paz aqui nunca se finda
Oh coisa abençoada
Se aqui Deus não fez morada
Ele vai fazer ainda.
Sempre quando a tarde vem
E o sol no horizonte
Vai sumindo atrás do monte
Eu me lembro de alguém...
Saudade em meu peito tem
Parece que vejo ela
Minha Mãe tão meiga e bela
Tão brava e de força rara
Se o nosso sertão tem cara
Ele tem a cara dela..
Poeta : Eduardo
Saudade do Sertão
Tem hora que me dói o coração.
Começo a lembrança das coisas que vivi por lá.
Brinquedo era nós mesmo que inventava.
Dava gosto houvir os cantos das passarada.
Logo cedo todos levantavam ia direto para o roçado.
Todos alegres e contentes cumprimentava todos os parentes.
E se não fosse educado o pai dava uma lapada, para aprender ser gente.
Boa noite, boa tarde, da licença por favor era hino das crianças do pai e do avô.
Eu logo descobri que educação valia ouro e ainda e prevenia de peia no couros.
Sinto Saudade do por sol, do brilho das estrelas, das noites de lua cheia.
Sinto saudade do pirão de peixe escaldado.
E a minha mãe gritando aqui do lado cuidado menino para não morrer engasgado.
Sinto saudade das brincadeira nas noite de lua clara.
Era agente correndo no terreiro e os adultos contando piadas.
Todos sentados no chão aí que saudade do Sertão.
Francisco Eufrasio da Silva
17 / 04 / 2018