Dueto com o grande poeta Oswaldo Castellari
falecido, em 16 de Novembro de 2011
 
¨ Em algum ponto do universo cósmico, onde, hoje habitas receba meu carinho, poeta!
Nadir D'Onofrio

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NOITE DE POESIA
SILENCIO...
 
Quando a noite vem surgindo,
Ouve-se da coruja o pio.
O gaturamo volta ao ninho.
Faz-se do silencio um vazio.
 
O luar que ilumina a estrada,
as matas, cobertas pelo luzidio.
As estrelas cintilam na noitada.
Faz-se do silencio, um vazio.
 
Sobre a relva que se ilumina
O gado dorme, não mais arredio.
A noite amante, casta, divina,
Faz-se do silencio, um vazio.
 
O lençol negro, tudo acobertando
em sua opulência, em desvario.
Os astros pelo firmamento passeando.
Faz-se do silencio, um vazio.
 
No passar das horas a luz da aurora
tudo que era belo, vai desmanchando.
A velha amiga aparecendo agora.
Desfaz-se o silencio, não mais o vazio.

Mil formas me passando
neste poema que crio,
Raios da aurora iluminando,
Agora um novo feitio.
Parecer-me o universo falando:
Não mais o silencio - não mais o vazio.
 
( Oswaldo Castellari )

 
 
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Noite de Poesia...
Nadir D’Onofrio
 
Se a noite é de poesia
Tentarei compor versos
Exaltando a natureza
Ou lamentando reversos
 
Na quietude existente
Refletida no lago a lua!
Iluminada pelo amante
Mostra-se formosa e nua
 
A relva ora adormecida
Sonhando, em deleite
Encontra a estrela guia
Na nebulosa, cor de leite
 
Entre astros e cometas
A sinfonia se faz ouvir
É música das esferas
Ninguém lá, p’ra aplaudir...
 
O que era silencio, vazio
Agora é som e harmonia
Estrelas brilham no espaço
Como ritual de magia!
A aurora veste carmim
E recepciona o novo dia
Sinto cheiro de jasmim
Termino aqui, minha poesia
 
30-09-2010* 21:20
Serra Negra-SP

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