A BELEZA... QUE NÃO PODE SER DEFINIDA 
                                                    
   Paulo da Cruz                           



A BELEZA... QUE NÃO PODE SER DEFINIDA
Luminoso e estrelado firmamento
Quais reluzentes lâmpadas no céu
Das faíscas que ardem e brilham em sua amplidão ilimitada
A que habitam no véu de sua escura veste
Lá onde a mão de nenhum  mortal pode pegá-las
Ah, e quem poderia contá-las?

                    E na terra as vozes dos ventos a rugirem nos matos
                    Dos trovões que ribombam acima do leito do vasto mar
                    Do sol cujos raios a tudo circundam
                    Na chama que aquece e a tudo e a todos ilumina
                    Do orvalho a correr úmido ao relento... sempre vivo

Ó expressiva e viva beleza!
A que nem sempre pode ser entendida... definida
Ou capturada pela rede do pensamento
Ainda bem!
Quando, em verdade, talvez viesse somente para ser amada...
Admirada... e querida... todavia... jamais possuída

                    Qual a linda flor de lótus
                    A que aos olhos sensíveis por sua formosura os encanta
                    Sem nada cobrar de quem a vê e contempla
                    E que no silêncio de suas formas à alma viva canta
                    Nos doces acordes dos que deveras estão despertos

Oh, quanta lição de humildade ela nos ensina!
Tão delicada!... Tão formosa!... Tão bela!
Em que aos olhos inerte parece
Quando na verdade estás sempre a mover

                                      Oh, a beleza viva... da flor... e de tudo!
                                      Que nem sempre entendemos
                                      Como a própria vida
                                      E mais ainda o amor...



                             
  DÁDIVAS
               
  Adria tristão Costa Comparini
      

                      
São mistérios tantos a decifrar,
Em tudo que existe, na criação,
A beleza daquela flor ao luar,
A doçura sonora da canção.

É desnecessário então prescrutar,
Melhor ficar só na contemplação...
E beber desta fonte a nos saciar,
Celebrar bençãos sem explicação.

Humildemente qual Lótus florida,
Que da água lamencenta se levanta,
Numa magnífica expressão de vida

Reverenciamos O Nosso Criador,
Pleiteando uma vivência Santa.
Contando as Estrelas; puro Louvor!





              
Paulo da Cruz
Enviado por Adria Comparini em 20/12/2017
Reeditado em 21/12/2017
Código do texto: T6204256
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