Devaneios

E na solidão de uma caixa

nenhuma carta que venha do correio

nenhum e-mail

uma ponte sem pés que não encaixa

Entre nós, amor, todo este anseio

Entre nós, toda proibição, bloqueio.

Desejo que não passa

Uma vida sem notícia de tal parte

poesia que aguarde cor e arte

na ponte que leva a lugar algum

dor em comum.

Mande notícias, por favor!

Ao menos um sinal de fumaça

e longe da farsa

diga-me que ainda existe amor.

Portas e janelas foram fechadas

fazendo-nos almas angustiadas

Oh, por que ainda ouso sonhos?

Um amor, uma emoção não farta

versos de uma solidão amarga.

Estrada que me leve ao seu lugar

devaneios do amar.

1ª estrofe: Iolanda Pinheiro

2ª estrofe: Aldrin M Félix