"LAPSO DO TEMPO "
Eu sentei
Na altitude dos meus pensamentos
Somente
Para ouvir-te um momento
Acessando
As memórias mais recentes
Que marcaram
Os meus dias lentamente
Minha saudade
Residia nas lembranças
Dentro do peito
Palpitava uma esperança
Pois mergulhando no fundo do coração
Eu encontrei
O palácio da paixão
Em um passeio
Pelas ruas do ontem
Através da névoa do amanhã
Eu te vi por uma fresta
Olhando minha janela
Debaixo de um sorriso
Que iluminava a lua
Pelo simples fato de saber
Que eu sou tua
(Scarlett)
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Agradeço a belíssima interação do poeta PAULO DA CRUZ...
Olhar para
VAGO o NADA...
PARA O TEMPO
Da vista que atravessa os horizontes
Do que degusto e contemplo
PODERIA SER O TEMPO ESCUTADO... OUVIDO?
Do que se degusta e prova
E às vezes nem tanto se aceita
DOS OLHOS QUE O PROVA...
EXPERIMENTA...
E SOFRE...
E no intervalo desta vida
AO PRAZO DE SEUS SEGUNDOS...
MINUTOS... HORAS... DIAS... ANOS...
Todas as alegrias...
todas as dores
Em seu místico paradoxo
Ao que tudo se percebe e se toca
Na duração de tudo
Entre a sístole e a diástole do existir
AO QUE O PENSAMENTO VAGA...
OU VAGABUNDEIA... NA VIDA
No ontem a que me esculpiu e teceu
Na perspectiva de meus anseios ao dia seguinte
Ah, e este eterno amanhã
A que tanto se prolonga
O que ele me aguarda?
E assim,
fecho
pois os meus olhos
Ao aspirar
a suave
brisa da estação
E de pulmões cheios
minha mente viaja...
voa...
flutua...
Do presente
a que saboreio
e não renego
ATÉ PORQUE NÃO O PODERIA
Ah, o presente!
Quanto é tão esquecido... desprezado
Seria por que nele não acreditamos?
Seria por que não é ele amado?
DEVERAS, NÃO SEI!
E então, lanço o meu olhar vago... para o nada...
PRA O TEMPO
Ao que minh?alma dança
Aos
melodiosos
acordes
do tempo...
(Paulo da Cruz )