SENTIMENTO ANFÍBIO
Eu tinha um certo zelo ao cuidar, isto não se podia negar!
Não queria que nada faltasse!
E este querer já deixava uma enorme lacuna!
Acreditava nas minhas menores convicções!
E qualquer crença precisa de uma análise mais duvidosa!
O cuidado tem sua importância, mas não é primordial!
Existem mais coisas entre o trato e a satisfação!
Detalhes imperceptíveis dentro da posse!
Fiz do meu mundo também o seu!
Para que a propriedade lhe desse o conforto que merecia!
O merecimento não é uma cláusula externa!
Houve um momento que não conseguia compreender algumas atitudes suas,dentro do egoísmo, foi estranho ver um comportamento diferente do acostumado!
O conceito de certo era só meu e não do outro!
Parecia incomodada, e o tolo achando que era alguma falta, até perceber,era o excesso que sufocava!
Seu olhar estava tão distante, pois seu corpo se encontrava lá, e sua alma parecia não habitar ali!
E eu, tal qual um peixe, preso no meu mar de permissivas ilusões! Custei a entender que você estava mudando, a metamorfose do amadurecimento traz suas transformações!
Não conseguiria acompanhá-la!
Havia evoluído,e seu entusiasmo foi se transformando em um sentimento anfíbio, conseguindo ir para um outro âmbito, onde o meus não conseguiam respirar!
Ao final, estava este limitado ser sem qualquer capacidade de fazer algo que pudesse evitar a saída, sobrou apenas ver você submergir,e então partir, pois aquele mundo não lhe pertencia mais!
( Do meu livro: Escultor de Frases)
( Uma Pergunta para o Mundo)
( Autor: George Loez)