... E o poeta vagando pelos recônditos de seu imaginário / Se pergunta: /Por onde anda a Musa? / Cuja a silhueta se escondeu.../  Nos labirintos da inspiração?!


*Bosco Esmeraldo:*
   Por onde anda minha inspiração?
   Onde está, o Musa, onde te escondes
   Por que assim de mim te alongas?
   Por que brincas assim de esconde-esconde?

   Aonde está minh'alma errante
   Sempre que preciso de um anelo?
   Será tristeza ou pura timidez?

*Fábio Ribeiro:*
   Mas o poeta cuja alma vagueia 
   Além das entranhas do verbo
   Certamente tem no âmago da arte
   Um colapso poético

   Todas as vezes...
   Que seus versos passeiam
   No no telhado dos seus medos

*Bosco Esmeraldo:*
   Talvez, por medo ou covardia
   Se esconde o poeta em desafio
   Pois a verve logo sua alma embriaga
   Perde ou aguça a razão insana
   Que tange o limbo da verdade paraplégica

*Fábio Ribeiro:*
   Talvez isto não seja mais poesia...
   Por que agora a embriaguez...
   Já provoca rajadas de tristura...
   Sobre a minha a sanidade 
   Que timidamente acena para a loucura.