VINHO ENVELHECIDO

Sou a soma do que me ofereceram

Destino trilhas percorridas

Do espelho outrora amigo...

Sobraram as farpas duma inimizade!

Dialogar com pó da existência...

Sim,apenas deixo ser!

A maturidade logo conseguida

Guarnece-me...

Estaca zero estou eu!

Terei estômago para digerir

As dúvidas...

Ou deixo-as in natura!

Desconsidero qualquer edição...

Via de mão única assim é

Então sigo e contemplo horizontes...

Me entrego total e sem pudor

Vivo,revivo,sobrevivo

Ainda estou...

Depurado,aromático

Vinho envelhecido!

Sou a sombra do que me restou.

Dessa juventude perdida.

Esse rosto não é meu...

Não aceito negociar com o tempo!

Não aceito ser gado da morte...Eu lamento!.

Nem o desrespeito que a vida me impôs...

Viverei esperando a mudança!

Quando a vida me devolver o que tomou...

Não aceito o que não é mais belo.

Nem migalhas de um rosto amarelo

Como cartas que saíram da gaveta

Figura esquálida de quadros antigos...

Rosto marcado pelas linhas da vida!

Sem esperança ...

Vinho envelhecido!

Jonnata Henrique e Anna Karenina 12/09/17

JonnataHenrique e Anna Karenina
Enviado por JonnataHenrique em 12/09/2017
Código do texto: T6112386
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.