TODA A DISTÂNCIA... UMA MERA ILUSÃO PARA OS QUE SE AMAM!

Na imensa distância que separa...

Mas... estaria mesmo a afastar àqueles que se amam?

Ou não seria apenas a sombra de uma mera ilusão...

A causar saudade?...

Não! Em verdade, é mais dor...

A dor que dilacera a alma

Dos que ainda têm memória

Pelo anseio de querer estar sempre perto... bem perto...

Perto de quem tanto amamos

E destarte, não estaria, pois longe

Pelo tanto que insiste em morar em nossas lembranças

Ainda que a física distância os separem

Oh, felicidade que não chega...

Qual longa e fatigante estrada a que se percorre

No horizonte que se retira à medida que a ele vamos

Quem sabe, o melhor a fazer seria ficar então parado

E aguardar a perspectiva a surgir...

Mesmo no mais longínquo além

Ainda que no mais apartado limiar

Quem sabe?

Todavia, eis que os dias de inverno parecem mais frios...

A que a noite aparenta não mais ter fim...

E o tempo passa lento demais...

Sem pressa...

Preguiçosamente...

Como que a estar parado

E aquele retrato, agora encontra-se desbotado...

Mas a imagem... ah, quanto permanece viva!

Nítida e colorida na memória

A que não saiu em tempo algum...

Nem teria como fugir

Ela está no lugar que ele a deixou...

E assim, espera...espera... e espera...

E ele vem... e.ele virá

Será?

Mas... por que duvidar?

Todavia, espera

Há tanto ela o espera!

A que já perdera a conta de seus dias...

Mas será que ele virá?...

Contudo, ao que eu insisto em perguntar:

Por que tanto duvidar?

Quem ama já não está lá?

Porém, o tempo passa... e passa...

E ela espera... e espera...

Contudo, o que ela não sabe

É que perto... bem perto dela... ele já está

Ele sempre esteve...

Como sempre ele estará.

Tati Vitorino e Paulo da Cruz
Enviado por Tati Vitorino em 04/09/2017
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