BASTA / NÃO BASTA
Basta, que o mal se afaste, que se desgaste,
que se afogue no próprio fel, que amargue
no próprio mal, infernal, como é, tal e qual,
insensibilidade insane, que se dane, anormal.
Não basta que o mal se afaste sem que tu o afastes
enfastiada do fel, abrindo o teu coração à doçuras
que só o amor e sua cultura a conduzirá aos Céus!
Usa a tua sensibilidade despes as negras armaduras!
Queima nesse poema, uma raiva doentia,
loucura misturada a uma dose de poesia,
mas sem alguma alegria, grito a impotência,
por me deixar levar tão fácil pela demência.
Refrigera tu'alma, banha-te em novas e alvas branduras
Tece tua história com o fio de seda saudável da amizade
Partilha o teu poema como quem reza com uma fé pura
Cadencia a tua voz mas canta cirandas do amor Verdade
Eu que pago, eu que me perca, eu que peco,
eu me nego, eu me entrego, eu me enxergo,
na lacuna escurecida que virou a minha vida
por não ser um modelito comportado, ser crua.
Esquece-te que tu sou Eu no passado e presente sentido
Rogando afeição a qualquer coração que aceite como és
Que por mais que te julgue te faças de pretérito, fenecido
Estás no vácuo das águas do mar dito abertas por Moisés
Então, que jogue-me na rua, se isso satisfaz,
vire-me as costas se é isso que lhe traz a paz,
e se sua consciência não lhe incomoda, ora,
viva feliz, enquanto tantos, vão-se embora.
Tua trilha tu fazes tens talento energia para isso és capaz
Todos podem desertar de tua estrada in_felizes menos tu
Enquanto não encontrares o singular tesouro da tua paz
Seguirás tonta bússola noite e dia sem ter norte nem sul!
17/07/2007 - Sônia Ravanini
22/07/2007 - Marilú Santana