Insistência - in duet
Por que me tornar expectadora da vida?
Poupai-me, oh, destino, desta sorte ingrata,
ainda que eu seja destemida!
Mantém-me assim... aguerrida...
Importa-me sentir o fluxo da inevitável descida
antes que se dilua em quase nada.
Retenho cada grão desta arenosa estrada.
Entre os dedos firmes de mãos cansadas,
A tentativa audaz de quem viveu cantando.
Cantei poemas, poesias correndo estradas...
Deixei sinais ao longo das vias, caminhando,
P'ra não perder os rastros da aventura vivida.
Deixo aqui, agora, pequenas gotas cristalizadas!
Em cada amanhecer, nas alamedas ajardinadas,
O orvalho deixou cair pérolas por mim colhidas.
Neste quase final (falta tão pouco desta jornada!),
Fica em mim o sabor de fruta experimentada...
E a essência de tudo, em minh'alma, impregnada!
______Najet
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Nessa alusão outrora canção
Deixo meu pranto, atual manto
Regozijando que o destino me poupe das agruras diárias
E minhas asas se aprumem ao destemido vento!!!
Sou Fênix e não voltei de cinzas uma só vez
Fui peste na insistência
Duma garganta que grita a liberdade
Que sussurra solenemente os desejos insistentes...
Vivo e vivo a cantar
Um encantado sorrir
Pra que meus trôpegos pés se firmem
Perante meu furacão,
Avante sonido silêncio
Conquanto bramido constante.
Se ora finda meus passos
Que não me faltem asas!
Sim, salpiquei rimas várias
Por todos cantos que andei
Em todas belezas que toquei
Pra que nada e nem tempo algum os apague...
_____Gy