ALMAS NUAS

Inocentes almas...

Quais olhos de uma criança...

Almas puras...limpas

Lamentáveis almas a que se deixam vestir...

Trajes ultrajados....

Pelo século deste maldito tempo...

que censura...

Ó rotuladas almas...

aprisionadas...

A que se confundem

com suas roupas...

Suas tristes fantasias...

máscaras impostas...

A que o mundo as ornaram

Macularam...sujaram...

correntes invisíveis...

Todavia, quanta coragem em estar nu...cristalino...

Em tirar nossas falsas roupagens...convenientes

E sermos...somente nós mesmos...desnudos.

E não ser...

alguém...algo...'coisa'

E não sermos ninguém...

A não ser...nós mesmos...

Essência...

Nós... Almas despidas... descalças...nuas...virgens...

Visíveis...

Abril 2017

Tati Vitorino e Paulo da Cruz
Enviado por Tati Vitorino em 28/04/2017
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