Infinitamente...
Lágrimas da partida
Pranto da despedida
Impossível conter...
Inadmissível reter...
Impensável aprisionar na alma
Contudo, seria de fato um definitivo “adeus”?
Ou não seria na verdade um singelo “até breve”?
Oh, malvada ilusão do tempo!
Oh, abominável mente humana!
A descrer tanto da esperança
A dar por derradeiro epílogo a vida que se despede
Mas afinal, se tudo termina em nada
Se a criação é portanto inexoravelmente destruída
Então, enganador será, pois o Amor
O qual nos adestra todas as religiões em sê-lo eterno
Ah, não
O Amor!
Sempiterno Amor!
Quem poderá o compreender
A ponto de jamais duvidar de su’essência:
A eternidade?
O adeus que não foi dado...
Lágrimas...
Pranto...
Tristeza vã...
Sorriso...
Foi-se...
Definitivo?
Não...
No coração...
Abrigou-se...
Fez morada permanente...
Infinito amor...
Além das forças...
Perpétuo...
Amor...
Abril 2017