Fiques, Poesia...
Um grito contido...ecoa...
nos labirintos...
cavernas da minh'alma...
Que tu poesia, libertas...
Desamarras..."nós-cegos"... invisíveis...presos
no infinito do meu eu...
A alma
A que não mais tolera
estar presa
A que se sente asfixiada
Na carência de sua liberdade
E na revolta de sua condição
Grita...pula...berra...se rebela
Chuta as grades de seu calabouço
Até sangrá-la
Sua sede d'infinito
Como a domina!
Conturbada a que se encontra
Implora à Vida a que a liberte
Terá então piedade de sua sofrida filha?
Alma que tem pressa...
Presa...liberta...voa...
Sem destino...
Des-ti-no...
Será?
Agora procura liberdade...
Liberta em ti poesia...
Ah, poesia...
Não és minha...
Livre!!!
Me libertaste...
Tu poesia...
Fiques...
Definitivamente...