Fiques, Poesia...

Um grito contido...ecoa...

nos labirintos...

cavernas da minh'alma...

Que tu poesia, libertas...

Desamarras..."nós-cegos"... invisíveis...presos

no infinito do meu eu...

A alma

A que não mais tolera

estar presa

A que se sente asfixiada

Na carência de sua liberdade

E na revolta de sua condição

Grita...pula...berra...se rebela

Chuta as grades de seu calabouço

Até sangrá-la

Sua sede d'infinito

Como a domina!

Conturbada a que se encontra

Implora à Vida a que a liberte

Terá então piedade de sua sofrida filha?

Alma que tem pressa...

Presa...liberta...voa...

Sem destino...

Des-ti-no...

Será?

Agora procura liberdade...

Liberta em ti poesia...

Ah, poesia...

Não és minha...

Livre!!!

Me libertaste...

Tu poesia...

Fiques...

Definitivamente...

Tati Vitorino e Paulo da Cruz
Enviado por Tati Vitorino em 24/04/2017
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