Fragmentos de almas
A pairarem no celeste firmamento
A que flutuam ao esvoaçar de um místico tempo
Quem, todavia as dispersou?
Qual foi em verdade o seu intento?
Almas distantes e analogamente próximas
Enigmático paradoxo
A que somente o sopro da vida o pode sondá-las
E no eco de seus corações ouvem-se murmúrios
Escutam-se reciprocamente vozes...gritos... choros
Contudo não se enxergam
Apenas percebem-se pelas palavras
E assim, como que de olhos fechados, então se vêem
Onde estás minha amada... a quem neste instante me chama
E por meu nome clama?
E tu estás também por mim a invocar!
E destarte são as almas
Como num infante brincar de esconde-esconde
Mas o tempo se prolonga...
E a diversão dá lugar ao pranto
A que mutuamente se anseiam ... e se desejam
Porém, até quando?...
Alma que clama
Que chama por outra
Junção...
Onde estás?
Se procuram...
Se acham...
Na imensidão de tudo...
Alma que vai ao encontro
do amado
Quando o encontrará?
Ele a espera...
Súplica...
Lamento e dor...
Incansável o procura...
Desejo e anseio
Se fundem...
Esperam...
Infinitamente...
*EleTemUmPedacinhoD'almaDela
Abril 2017