Exercício poético XIII
Duetos improváveis com Isis Inanna
Diga-me
Quem és tu,
Entre nós há um vago,
Seguida por uma trilha,
Não sei se és meu amigo,
Ou namorado
Há sentimentos luz que ofusca
E brilha!
Eu?
Oculto nas brisas atlânticas,
Por margens distantes,
Sou o que fui, sentir diferente
Letras que a noite ocultam,
Ainda assi cintilam!
Diga-me o que sou
Nessa sombra da dúvida
A beira do rio
Pescando seus desejos
Me deixando na canoa do tempo.
És saudade perdida em terra
Na dor que minh'alma trespassa
Por te deixar distante,
Eu mero navegante!
Diga-me
Sou a navegante
Que gostaria que fosse,
E tu és o desenho colorido
Preto e branco
Nessas linhas do arbusto
Doloridas do confronto.
És parte de mim deixada,
Por entre tecidos de linho,
Abandonados no chão,
Conforto da movimentada paixão,
Onde navegaste em meu corpo!
Diga-me…,
O que sou nos intervalos
Dos seus sonhos rasos
Mergulhando nos meus
Sonhos mais profundos
Ou me calo.
És dor,
pedaço de mim arrancado,
Pela viagem ao outro lado
Na visão dos trópicos
deixados atrás, és amor,
És meu fado, deixado no mar
Ai desse lado!
Issis Inanna
Alberto Cuddel
Duetos improváveis com Isis Inanna
Diga-me
Quem és tu,
Entre nós há um vago,
Seguida por uma trilha,
Não sei se és meu amigo,
Ou namorado
Há sentimentos luz que ofusca
E brilha!
Eu?
Oculto nas brisas atlânticas,
Por margens distantes,
Sou o que fui, sentir diferente
Letras que a noite ocultam,
Ainda assi cintilam!
Diga-me o que sou
Nessa sombra da dúvida
A beira do rio
Pescando seus desejos
Me deixando na canoa do tempo.
És saudade perdida em terra
Na dor que minh'alma trespassa
Por te deixar distante,
Eu mero navegante!
Diga-me
Sou a navegante
Que gostaria que fosse,
E tu és o desenho colorido
Preto e branco
Nessas linhas do arbusto
Doloridas do confronto.
És parte de mim deixada,
Por entre tecidos de linho,
Abandonados no chão,
Conforto da movimentada paixão,
Onde navegaste em meu corpo!
Diga-me…,
O que sou nos intervalos
Dos seus sonhos rasos
Mergulhando nos meus
Sonhos mais profundos
Ou me calo.
És dor,
pedaço de mim arrancado,
Pela viagem ao outro lado
Na visão dos trópicos
deixados atrás, és amor,
És meu fado, deixado no mar
Ai desse lado!
Issis Inanna
Alberto Cuddel