Dentro do silêncio

O tempo passou avesso

nas entranhas, 'o meu ser',

na janela da minh'alma

não via nada perecer

aguardar, eriçam vias,

vou tecendo o amanhecer

unindo pensamentos

os de alma hão de ter

lado a lado, em cada linha,

costurando o viver!

Sórdido no espaço,

inerte, largo arquitetei

meu esperar já me dizia,

dos caminhos que inventei

no gotejar do tempo em mim

muitas minas eu cavei

no tempo infame do esperar

um diamante encontrei!

Nesta busca incansável

meu garimpo é a rotina

nele encontro diamantes

como encontro ouro em minas

volto e abro a janela

vejo novas esperanças

talvez outras, não aquelas,

que eu tinha na infância.

E a esperança vem a mim

Dá-se, então, um bom renovo,

como a onda que repete

indo, vindo, tudo novo,

e, novamente, torno andar,

nos caminhos que inventei

até que a esperança então se vá

ela voltará, acho que sei!

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"Dueto com Fábio Rezende, um parceiro na escrita, de pensamento claro e objetivo e de um olhar plural a respeito da vida. Unimos nossos pensamentos nessa obra que muito me encantou, me modificou e que também muito me ensinou. Sincronizamos nosso sentir nesta simples, porém, singela explanação sobre a esperança. Obrigado pela parceria!"

Daniel Cezário e Fábio Rezende
Enviado por Daniel Cezário em 01/04/2017
Reeditado em 01/04/2017
Código do texto: T5958635
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