UM MERO VESTIDO

Afirmei aos quatro ventos

Que alma não possuía...

Conjurei basflêmias deliciosas à amores doces, singelos...

Pra ser sincero era divertido...

Até que um vestido.

Um mero vestido,

Me desapropriou o rumo,

Tirou-me do prumo.

Bagunçou minha bagunça nata.

Tumultuou a alma desgarrada.

São tantas as reviravoltas da vida,

Como recolher as palavras proferidas

E aprender a dar valor ao sentimento?

Encontrar o caminho que perdeu o sentido,

Por ter escolhido a emoção à razão,

Por ter descuidado da essência.

O fato é Que comigo foi feito um estouro repentino, que não se sabe de onde vem ...

Pra onde vai

Nem porquê veio.

A moça...

Musa...

Fez me padecer num Paraíso de sentimento rotos, ilusórios e Liristas...

E eu?

Pobre mortal,

Como compadecerei do destino

Sem achar culpado?

Cada um tem o que merece,

O que busca,

Acredito ser necessário o sacrifício,

Dono da própria vontade de conquistar o mundo

Sem perder a liberdade da vida

De quem seria a culpa?

Da musa...

Que usa

Abusa

De todo meu ser...

Que usa um vestido Verde e

Acha divertido

Que me sinta perdido

Pelas palavras que pronuncia?

Ou, a culpa é minha por

apaixonar-me pelos trejeitos da musa Travessa

Que por um descuido do implacável destino

Desassossegou minh'alma desaparecida e meu coração dilacerado?

Culpo à Musa por ter esse sorriso...

Culpo à mim mesmo por me apaixonar por ele...

Isso

Apenas isso...

Maik Santana e Tham Santana Cardoso
Enviado por Maik Santana em 07/03/2017
Código do texto: T5933818
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