SOBRE APRENDER.
Comentei com um amigo neste site que me distraio escrevendo, "Tem pessoas que aprendem com a vida, outras aprendem com a palavra escrita", foi sua dicção, e aditei, sic: e muitas não aprendem nada, nunca.
Memorize-se o indigesto Maquiavel que nisso tem razão em excelente equação sobre aprender. Existem pessoas que aprendem sozinhas, outras ensinadas, muitas nem ensinadas aprendem, dizia.
Creio que vivemos em um mundo mais ou menos como a última premissa, questão de princípios.... Mas creio também que ninguém é culpado. Por quê? O homem é um produto do meio (é mesmo?) e de sua anamnese genética. Por qual razão bens educados (?) enveredam no crime e abandonados e órfãos dão certo na vida? Aprender com palavras é algo copista, mecânico e intransponível, tipo osmose, necessário, mas limitado, e sinalizado linhas a perseguir, vagas e incertas. Sofremos influências DE TUDO.
Mas escrevi dias atrás para uma afilhada sobre conhecimento, tema que se debatia, e sem pretensões, não as tenho, mas por sentimento, disse verbis: "ninguém tem nada a me ensinar e tenho muito a aprender"; elástico e verdadeiro.
É o que vivo e absorvo, só aprendo comigo mesmo voltado para o interior QUANDO ELE RESPONDE. Mas ele não responde sempre.
Esse é o impasse, NÃO RESPONDE SEMPRE.
E somente em nosso interior encontraremos respostas.
Como aprender se outros não vivem o que vivemos, não sofrem o que sofremos, não passam ou enfrentam o que enfrentamos. Se limitam aos seus limites e esbarram em exterioridades que convencem em primarismo evidente.
Somos unos em ancestralidade, mas individuais em vivência, maximamente pessoais, não somos iguais, mas assemelhados. E especialmente cada um vive na insondável ilha de sua compreensão, particularíssima. Cada um tem seu espaço e nele vive e reage. Só aprendemos com nossos humores e reações, educando-os e vivenciando-os de acordo com nossas aptidões e inclinações. Se visamos o bem, JÁ É MUITO, um desfecho de luz e calma interior será sempre encontrado.