Negro Abismo
Ressurgindo das brumas do negro abismo
Sobe a mão escura desgastada
O "sol" arde e queima minha minhas veias
Como a chama mais quente que a lava
Numa mudança súbita do eclético sentimento
Busco o frescor de alma ressurgida
Vindo a tona das névoas
De um passado de tormentos
A chuva cai agonizante
Como lâminas afiadas perfurando minha carne
Transformando-se em cactos
que se espalham pelo corpo jorrando meu sangue
Em desespero tento escapar num sopro de vento
Ventos que sopram sobre as águas de minha vida
Um rio q transborda magoas passadas e futuras
Com carreiras relucinantes que se atam à minha mente
São fatos, traços e rastros apenas.
Perturbam-me como cravos no espírito
Do submundo maléfico da insanidade mental
Nocauteando minha face;
Prisão que devasta meu corpo
E joga-me contra a sanidade
Sugando minha existência
Luminosa! Cegante! Torturante!
Subjugando meu ser
Ajoelho-me diante de mim mesmo
Turbilhoando minha alma
Com atitudes de loucura e
Insuportável confusão
Tornando-me inflável
Incendiando como Zeppelin
Demência a explodir como estilhaços mortais
Devastada sanidade, complexa loucura
Um choque que mata pouco a pouco
E eletrocuta meu sistema nervoso
Embaça meus olhos, Treme meu corpo,
É a insanidade e a decadência
Contaminando a vida sã
Tudo que resta a essa moribunda
Retorcendo-me num circulo vicioso
Estando sempre pronta
Voltando a subir o precipício
Para a próxima e talvez última viagem